Tô aqui pensando...

Pensando juntos
Um pensador no reino
Algumas pessoas amigas sempre me perguntavam: por que você não faz um blog e posta nele as suas crônicas, seus pensamentos, reflexões, etc…? você escreve tão bem! – Ah, como são bondosos os amigos!
Aí, a mente começou a fervilhar…
Imaginem vocês: filho de nordestino, jornalista, pesquisador e observador dos territórios sociais e agora, oficialmente aposentado… ai, ai, ai! pensei, vai sair fumaça! Mas, confesso que a ideia me agradou.
Não foi fácil; levei muito tempo para me decidir a começar. Pesquisei espaços na Internet, experimentei nomes para o blog, relutei, avaliei… e por fim, decidi.
É...! por que não? – pensei.
Embora continuasse sempre “pensando”, não queria passar a ideia pretensiosa de estar me comparando a algum pensador ilustre que a história imortalizou.
Queria apenas pensar como qualquer outro Ser humano, “ridículo, limitado, que só usa 10% da sua cabeça animal” – como diria o saudoso Raul Seixas – e refletir acerca das coisas da vida.
Os dedos então, começaram a deslizar sobre o teclado do meu companheiro Desktop eu voltei ao passado. Voltei para rememorar minha história e contar-lhes como me tornei o “Pensador do Reino”: Era uma vez…
Tudo começou na minha infância… ah, a juventude!
Quando criança, eu e meu irmão mais novo, o Beto, assistíamos muitos filmes épicos [aqueles da “Sessão da Tarde”] e nas nossas brincadeiras, falávamos, imitando as vozes dos personagens: – Eu, quando crescer quero ser um cantor de canções…! dizia ele.
E eu retrucava: Eu quero ser o pensador do reino!
E a gente se divertia muito com isso.
O tempo passou, cada um seguiu o seu destino e aqui estamos nós, adultos, sem mais aquela ingenuidade juvenil.
Quanto ao Beto, ele se tornou não apenas um grande e talentoso “cantor de canções”, mas também compositor, arranjador e escritor de belas histórias.
Eu? Ah! Eu que queria ser o pensador do reino, permaneci por aqui, pensando o “Reino que não tem rei" - como cantava Jair Rodrigues.
Embora me sinta às vezes, mais próximo da condição de “bobo NA corte” do que necessariamente um sábio pensador, permaneço por aqui pensando...
Só pensando!!!